Lucrativos, bancos fecham mil agências no país

Os bancos privados em atividade no Brasil só querem saber de explorar. Enxugam os custos para aumentar a lucratividade, que já é extremamente alta, mesmo em tempos de crise. BB, Bradesco, Itaú e Santander lucraram R$ 20,4 bilhões, aumento de 21,3% em relação a igual período do ano passado. Apesar dos ganhos, as empresas demitem e fecham agências no país.


Somente em 2020, cerca de mil unidades do Itaú, Bradesco e Santander fecharam as portas. É uma expressiva aceleração em relação ao ano passado, quando esses mesmos bancos encerraram 430 agências. 


As empresas investem alto em digitalização, reduzem o quadro de pessoal, precarizam o atendimento e prejudicam a população, sobretudo a mais carente que mora em municípios mais distantes. Há cidades que não possuem nem sequer uma agência bancária.


No caso dos bancos públicos, o BB segue a tendência dos privados. Nos 12 meses encerrados em setembro, o Banco do Brasil encerrou as atividades de 227 agências, enquanto abriu 56 pontos que classifica como unidades especializadas.


Por outro lado, a Caixa não tem fechado agências. Até o fim do primeiro semestre, o banco tinha 53,7 mil pontos de atendimento.
Demissões
Prova de que são carrascos e não têm responsabilidade social, os bancos já demitiram no Brasil mais de 12 mil funcionários este ano, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério da Economia, em descumprimento ao acordo firmado em março, de que não iriam dispensar em plena a pandemia de Covid-19.