Desmonte do BB precariza atendimento à população

Além do corte de pessoal, fechamento de agências e descomissionamento, a reestruturação do Banco do Brasil vai gerar prejuízos para agricultores familiares, microempresários, idosos e correntistas de baixa renda que precisam da instituição financeira. Os serviços utilizados pelos clientes serão diretamente afetados com o desmonte no BB.


Uma consequência negativa de todas as medidas previstas no plano do governo Bolsonaro está abertura de espaço para a atuação de bancos privados, velhos conhecidos pela cobrança de tarifas mais elevadas e juros mais altos. Há regiões onde não há interesse da iniciativa privada em manter o atendimento. Precarização do atendimento à população, que pode perder as fortes contribuições para o esporte, cultura e sustentabilidade do país. 


Mesmo com aumento da procura por plataforma digitais na pandemia, a população carente e pessoas com idade acima de 60 anos não deixaram de ir às agências. Muitas não têm familiaridade com o banco digital ou por preferir ser atendido presencialmente. O cliente tem o direito de ter toda estrutura, já que paga taxas e tarifas. 


O BB responde por 55% do crédito agrícola voltado para a agricultura familiar no país. Quando anunciou o processo de “reestruturação”, a instituição financeira comunicou a abertura de 14 “escritórios agro”. Serão unidades voltadas para atender ao agronegócio. Os pequenos produtores ficarão na mão.


Durante a pandemia, mais de 110 mil micro e pequenas empresas foram atendidas no Banco do Brasil. Por meio do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), os recursos emprestados somaram R$ 6,9 bilhões.
 

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