Bancos não cumprem acordo e demitem na pandemia

Em plena pandemia do coronavírus, os bancos desrespeitam acordo com sindicatos e expuseram milhares de bancários ao desemprego. De janeiro a novembro do ano passado, o setor eliminou 10.286 postos de trabalho, sendo que o combinado era não desligar enquanto durasse o estado de calamidade.


O movimento sindical desde o início da pandemia de Covid-19 esteve na mesa de negociação com as organizações financeiras e foi firmado o compromisso. Os três maiores bancos privados - o Bradesco, Itaú e o Santander - não iriam demitir no período. Mas, não foi isso que aconteceu.


Além de descumprir o acordo, os bancos ainda anunciaram que muitas agências serão fechadas ou transformadas em unidades de negócio, com um custo de 30% a 40% menor. Porém, sem redução de tarifas bancárias. Quer dizer que o lucro exorbitante continuará sendo ampliado somente para os acionistas, enquanto a população terá serviços precários, com a redução dos funcionários.


Com as demissões em massa, mantendo lucros estratosféricos, os bancos inflam a já altíssima taxa de desemprego no país, que atinge mais de 14 milhões, aumentando os gastos da seguridade social, além de retardar a difícil retomada econômica. Para piorar, a Justiça mantém decisões contra os trabalhadores, de forma desumana e irresponsável, não cancelando os desligamentos.