Investimento do BNDES é pífio com Bolsonaro

O BNDES também alvo de desmonte atrelado à política ultraliberal do governo Bolsonaro. Após o golpe de 2016, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social sofreu uma reestruturação conservadora que reduziu os investimentos. Sob o governo Jair Bolsonaro, a retração do crédito é ainda mais visível. 


Em 2013, o BNDES chegou ao pico de R$ 190 bilhões em empréstimos, considerando valores corrigidos pela inflação. A previsão é de que, em 2021, tenha desembolsado R$ 64 bilhões. Cerca de um terço. O montante de 2019 foi R$ 55 bilhões.


A carteira de ações de empresas participadas foi enxugada no governo Temer (2016-2018). O banco é acionista de grandes companhias, mas somente cinco - Petrobras, JBS, Eletrobras, Copel e Cemig - representavam mais de 80% do valor total da carteira avaliada, no fim de setembro, em R$ 77,7 bilhões.


Prova do desmonte é que os recursos líquidos captados pelas empresas foram equivalentes a 6,8% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2013, sendo que o BNDES respondeu, sozinho, por 1,27% do total. A captação líquida das empresas foi de 4,4% do PIB e a parcela do estatal foi reduzida a 0,09% em 2020.