Com renda menor, cidadão se submete a juros extorsivos

A política ultraliberal imposta pelo governo Bolsonaro faz o brasileiro chegar a um ponto crítico. Com a renda cada vez menor, decorrente da disparada do custo de vida, o cidadão se vê obrigado a recorrer ao crédito de curto prazo e juros altíssimos.


O cartão de crédito rotativo e o cheque especial são uma verdadeira armadilha. Mas, a única opção para milhões de pessoas. Sem fiscalização do governo, os bancos se aproveitam do cenário difícil e elevam ainda mais as taxas.


Para se ter ideia, os juros do rotativo - linha de crédito oferecida para quem não paga o valor integral da fatura, e o débito restante vem no mês seguinte, sobre o qual são aplicados juros - passa dos 346% ao ano.  


O cheque especial é outro problema que costuma dar muita dor de cabeça. O dinheiro está ali na conta e, muita gente, sem opção, acaba usando constantemente. Ao ano, a taxa da modalidade passa de 129% e o trabalhador que já está com dívidas, acumula mais uma. 


Não é à toa que o índice de famílias endividadas cresce a cada mês. Sem emprego, com a renda em queda, e pagando juros extorsivos, milhões de pessoas terminam com o nome negativado. Cerca de 75% dos brasileiros têm algum tipo de dívida.