Conferência: O Brasil é um “país de indigentes”

Ao chamar atenção para o preocupante dado de que o Auxílio Brasil supera, e muito, o emprego formal na maioria dos estados brasileiros, o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia, Davidson Magalhães, disse que hoje “vivemos em um país de indigentes”, por culpa da perversa agenda ultraliberal iniciada com Temer e agravada pelo governo Bolsonaro. A afirmação foi feita na 24ª Conferência dos Bancários da Bahia e Sergipe, na manhã deste sábado (14/05).

 

Para dar ideia do desmantelamento do setor produtivo, resultante do ultraliberalismo, lembrou que no início dos anos 1980 o volume de exportações de produtos manufaturados brasileiros superava a China e a Coréia, juntas. “Não há desenvolvimento sem indústria”, disse o secretário, até porque “o agronegócio não gera emprego”. O Brasil ocupa a segunda maior taxa de desemprego do G20, a inflação da cesta básica passa dos 21%.

 

Pela grave crise política, econômica e social que o país amarga, Davidson Magalhães considera ser de “vida ou morte” a eleição do dia 2 de outubro próximo. “O Brasil não vai aguentar Bolsonaro por mais um mandato”.  Por isso mesmo, ele destaca a necessidade de cada bancário, cada brasileiro se empenhar para derrotar o neofascismo bolsonarista, inclusive com a ocupação das ruas e o uso inteligente das redes sociais.

 

O secretário do Trabalho da Bahia fez uma análise da perigosa situação global, associando-a à realidade brasileira, mostrou que Bolsonaro é consequência da conjuntura internacional marcada pelo capitalismo financeiro, ressaltou o quadro de instabilidade, condenou a guerra da Otan contra a Rússia e as desastrosas consequências para o mundo todo, além de revelar preocupação com as extinções das liberdades e cortes de direitos. Entende que o momento requer unidade de todos os trabalhadores, a fim de garantir a retomada da democracia social.