Comando reivindica teletrabalho na CCT

Para 91% dos bancários que participaram da Consulta Nacional, a regulação do teletrabalho deve ser feita de forma coletiva, entre empresas e sindicatos. A inclusão da modalidade na Convenção Coletiva de Trabalho foi reivindicada pelo Comando Nacional, durante a quarta rodada de negociação com a Fenaban, nesta terça-feira (26/07). A Federação Nacional dos Bancos se mostrou interessada em incluir as questões na CCT.
 

Os representantes dos trabalhadores avaliam como positiva a disposição da Fenaban e vão continuar a discussão em outro momento, a fim de que se chegue a um acordo que atenda aos interesses da categoria.
 

O Comando também defendeu o pagamento de ajuda de custo para quem está em trabalho remoto, já que alguns bancos transferem as despesas para os bancários. 
 

Os dirigentes sindicais chamaram a atenção para o controle de jornada e a necessidade acesso aos funcionários que estão trabalhando de casa, para que os direitos sejam assegurados. 
 

A Fenaban afirmou que hoje 31,4% da categoria está totalmente em trabalho remoto. O Comando aproveitou o debate sobre o teletrabalho e defendeu a redução da jornada dos bancários para quatro dias na semana, como forma de diminuir o adoecimento da categoria.
 

A defesa do emprego foi outro tema abordado. Os bancos, apesar de baterem recordes de lucratividade, reduzem drasticamente os postos de trabalho. A representação dos bancários reivindicou o retorno da homologação das demissões nos sindicatos, como acontecia antes da reforma trabalhista.
 

Segundo o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto, que participou da negociação, neste ponto, a Fenaban foi bastante agressiva com o Comando, reclamando que existe um número elevado de reintegrações na categoria.
 

“Nos posicionamos de forma contundente contra isso, reafirmando que é papel do movimento sindical defender a categoria, acolher, examinar e orientar o trabalhador e que nós não vamos abrir mão deste direito. Eles querem transformar as vítimas em culpados. Veja só, o bancário é demitido e os bancos não querem que o sindicato ajude e oriente o trabalhador. Isso é o fim do mundo”, ressaltou o presidente da Feebbase.   
 

Além do presidente da Feebbase, participaram também da negociação o diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia, Elder Perez, e a diretora do Sindicato de Sergipe Helaine Evangelista.