Caixa: MPT transforma apuração de assédio em inquérito civil

O MPT (Ministério Público do Trabalho) transformou, nesta terça-feira (26/07), a apuração das denúncias de assédio sexual, feitas por empregadas na Caixa contra o ex-presidente do banco, Pedro Guimarães, em inquérito civil. Assim que notificada, a estatal tem 10 dias para apresentar todos os documentos de “procedimentos administrativos” relacionados às 14 denúncias em canais internos da empresa contra abusos de Guimarães, entre 2019 e 2022. 


Na decisão do MPT, a Caixa também deve enviar cópias de documentos decorrentes de duas denúncias sobre possível assédio moral praticado pelo ex-presidente do banco durante live ocorrida no final de maio de 2020. O caso, também investigado pelo Ministério Público Federal, será aprofundado. 


No combate contra o assédio moral e sexual na Caixa, o Sindicato dos Bancários da Bahia tem realizado manifestações. A melhoria da qualidade de vida da população e o combate à desigualdade devem ser os resultados mais importantes da instituição financeira. Também é essencial a valorização dos trabalhadores e proteção dos abusos de gestão.


Após as denúncias de assédio sexual, a Caixa tenta limpar a imagem. Em evento interno, os vice-presidentes do banco anunciaram o fim do uso obrigatório de gravatas para simbolizar o fim da era de Pedro Guimarães. A atual gestão quis mostrar a transição para um ambiente de trabalho mais colaborativo e informal e menos centralizado.