Em 10 anos, 42 mil bancários afastados por acidentes de trabalho

Os bancários estão adoecendo com práticas agressivas dos bancos. De 2012 a 2021, 42.138 mil bancários tiveram o direito ao benefício acidentário pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) por conta de doenças e acidentes relacionados ao trabalho e 56.670 tiveram reconhecido o afastamento por doença comum. 


O Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho também mostra que 54% dos benefícios comuns são referentes às doenças características do trabalho bancário, transtornos mentais, LER/Dort e do sistema nervoso. Vale destacar que os transtornos mentais e comportamentais passaram a ser a principal causa de afastamentos na categoria a partir de 2013.


No setor econômico, em que estão inseridos os bancos e financeiras, os transtornos mentais, representaram 30% dos afastamentos por acidentes/doenças de trabalho e 29% dos afastamentos não reconhecidos como acidentário pelo INSS, de 2012 até o ano passado. 


O adoecimento bancário sobrecarrega toda a sociedade. As despesas do Instituto com afastamentos na categoria no Brasil, de 2012 a 2017, somaram R$ 776,8 milhões, 57,3% do total. Os dados reforçam o que o movimento sindical relata que há necessidade de fortalecer as leis e normas regulamentadoras e todos os sistemas que protegem os trabalhadores.