Mulheres têm pouca representatividade em pré-candidaturas

Apesar dos avanços em direção a igualdade de gênero, o cenário político nacional continua a refletir grande desequilíbrio. Embora sejam metade da população, as mulheres são pouco representadas nos processos eleitorais. Os obstáculos limitam o protagonismo e a capacidade de influenciar decisões que afetam diretamente as comunidades. 

Por Camilly Oliveira

Apesar dos avanços em direção a igualdade de gênero, o cenário político nacional continua a refletir grande desequilíbrio. Embora sejam metade da população, as mulheres são pouco representadas nos processos eleitorais. Os obstáculos limitam o protagonismo e a capacidade de influenciar decisões que afetam diretamente as comunidades. 

 

Elas são apenas 1 em cada 5 pré-candidaturas às prefeituras das capitais. Ao menos 172 pré-candidatos são cotados para concorrer. Destes, apenas 37 são mulheres, o equivalente a 20% do total. Nove capitais têm apenas homens entre os pré-candidatos a prefeito, inclusive Salvador. Aracaju (SE) é a única com maioria feminina - seis mulheres na disputa.

 

A legislação determina que os partidos tenham ao menos 30% de candidatas mulheres nas chapas e destinem o mesmo percentual do fundo eleitoral para os gastos das candidaturas. Os desafios começam desde cedo, nas cúpulas dos partidos, que concentram as decisões sobre candidaturas e recursos. Dos 29, somente 5 são comandados por mulheres.