Insegurança alimentar afeta mais o campo

Embora os índices indiquem a capacidade de as famílias em ter acesso regular e suficiente a alimentos de qualidade, no campo a insegurança alimentar leve ainda afeta muitos lares, atingindo 21,8% contra 17,7% nas cidades.

Por Camilly Oliveira

Mesmo responsáveis pela produção de cereais, carnes, frutas, verduras e legumes, os moradores da zona rural do país continuam enfrentando a insegurança alimentar. De acordo com a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2023, a situação é clara: nos lares urbanos 73,3% desfrutam de segurança alimentar. Já nas regiões rurais, o percentual cai para 65,5%.


Embora os índices indiquem a capacidade de as famílias em ter acesso regular e suficiente a alimentos de qualidade, no campo a insegurança alimentar leve ainda afeta muitos lares, atingindo 21,8% contra 17,7% nas cidades.


Os desafios se tornam mais complexos quando comparados aos níveis mais graves de insegurança alimentar. O nível moderado impacta 7,2% das famílias rurais, enquanto nas áreas urbanas o percentual é de 5%. A insegurança grave, que implica redução quantitativa de comida e uma baixa nos padrões de alimentação, afeta 5,5% dos lares rurais, comparado a 3,9% nos centros urbanos.


Os dados desenham não apenas a escala do problema, mas também a urgência de soluções que garantam o acesso, a qualidade e quantidade adequadas de alimentos para todos os membros da comunidade rural.