Negros e pobres sofrem mais com a violência no Brasil

Diante das realidades sombrias enfrentadas no país, é evidente que a sociedade brasileira precisa confrontar as próprias falhas e tomar medidas concretas para abordar as raízes profundas dessa desigualdade.

Por Camilly Oliveira

Diante das realidades sombrias enfrentadas no país, é evidente que a sociedade brasileira precisa confrontar as próprias falhas e tomar medidas concretas para abordar as raízes profundas dessa desigualdade.

 

Estudo recente, realizado pelo IEPS (Instituto de Estudos para Políticas de Saúde), traz à tona uma realidade brutal e alarmante: entre 2012 e 2022, quase 150 mil homens negros perderem a vida devido a disparos de arma de fogo, em comparação com 38 mil homens brancos. A disparidade revela uma injustiça gritante e lança luz sobre as desigualdades estruturais e históricas enfrentadas no Brasil.

 

Não apenas homens são afetados, 13 mil mulheres negras perderam a vida devidos a disparos de arma de fogo, em comparação a 5 mil brancas. Evidenciando não a violência generalizada, bem como as interações complexas entre raça, gênero e classe social, que alimentam a marginalização e a violência dirigida às mulheres negras.

 

Números assim revelam não apenas uma tragédia humana, mas também um fracasso coletivo em lidar com as raízes reais do problema. A falta de acesso a oportunidades, o racismo estrutural e a violência policial contribuem para a perpetuação desse ciclo de morte e desigualdade.