Burnout, a síndrome que atinge os bancários

O combo exaustão permanente e falta de motivação. Junte aí insônia, desânimo, falta de interesse e de apetite, além de dor de cabeça frequente. Hoje não é raro encontrar um trabalhador com estes sintomas, que são característicos da síndrome de burnout. 

Por Ana Beatriz Leal

O combo exaustão permanente e falta de motivação. Junte aí insônia, desânimo, falta de interesse e de apetite, além de dor de cabeça frequente. Hoje não é raro encontrar um trabalhador com estes sintomas, que são característicos da síndrome de burnout. 


O distúrbio psíquico se manifesta pelo esgotamento profissional e emocional, causado pelo desgaste no trabalho e demandas exageradas. A sobrecarga coloca em risco a qualidade de vida e bem-estar do indivíduo.


Uma das categorias com maior incidência do transtorno é a bancária. Os trabalhadores frequentemente são submetidos à extrapolação da jornada, além de lidarem com pressões, metas e estresse diariamente. 


Além da síndrome de burnout, que também é caracterizada por dores no corpo, alterações gastrointestinais, irritabilidade, tristeza profunda e distanciamento das relações pessoais, as condições inadequadas de trabalho repercutem na saúde mental do bancário, desencadeando outras doenças psicológicas, como ansiedade, crises de pânico e depressão. 


A categoria bancária está adoecida. Pesquisa revela que 80% dos trabalhadores do ramo financeiro declaram ter tido pelo menos um problema de saúde relacionado ao trabalho no último ano. Quase metade passa por acompanhamento psiquiátrico. Entre os quais, 91,5% usam medicações prescritas pelo psiquiatra. O dado chocante é um dos fatores que justificam a luta da representação dos trabalhadores pelo fim das metas e atenção à saúde na campanha salarial deste ano.