Projeto do estupro - Outra bestialidade fascinazista

Apesar da ampla maioria que detém no Congresso Nacional e da disposição de usá-la para tornar o Brasil laboratório da tragédia fascinazista, diante da grande repercussão negativa, nacional e internacional, muito dificilmente a extrema direita conseguirá impor o tal projeto do estuprador, que considera homicídio a prática do aborto, mesmo que a gravidez seja consequência de estupro.

Por Rogaciano Medeiros

Apesar da ampla maioria que detém no Congresso Nacional e da disposição de usá-la para tornar o Brasil laboratório da tragédia fascinazista, diante da grande repercussão negativa, nacional e internacional, muito dificilmente a extrema direita conseguirá impor o tal projeto do estuprador, que considera homicídio a prática do aborto, mesmo que a gravidez seja consequência de estupro.


E para agravar ainda mais a bestialidade, as penalidades legais previstas para a vítima e o médico que fizer o aborto são mais rigorosas do que para o estuprador. Pura estupidez fascinazista, raceada com o fanatismo neopentescostal que tenta transformar o Brasil em uma teocracia.


O Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos já se pronunciou oficialmente, expressando preocupação com o projeto. No Brasil, crescem os protestos de rua contra a proposta, além de manifestações de repúdio e indignações dos mais diversos setores da sociedade. 


O insano projeto do estupro é mais uma tentativa da extrema direita de impor medidas legais rumo ao fascinazismo. Dias atrás, a Câmara Federal aprovou proposta de criminalização da luta pela reforma agrária, ao ponto de estabelecer supressão da liberdade e dos direitos civis do acusado, punições não aplicadas nem mesmo em condenados por crimes hediondos.