Fechamento de agências afeta toda sociedade
A situação é crítica e precisa ser mudada, urgentemente. Por isto, o Sindicato considera fundamental o apoio para que os bancos respeitem funcionários e clientes, que ajudam a ampliar a rentabilidade das instituições.
Por Ana Beatriz Leal
Na audiência nesta terça-feira (10/06) do Sindicato e da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe com o secretário de Trabalho e Emprego da Bahia, Augusto Vasconcelos, outro assunto destacado, além das fraudes trabalhistas no Santander, foi a política adotada ultimamente pelo sistema financeiro de fechamento de agências, especialmente pelo Bradesco, Itaú e o Santander.
Além de representar para os funcionários dispensas, sobrecarga, aumento de metas, assédio e adoecimento, quando uma unidade bancária fecha as portas, a população local, seja de um bairro ou município, perde o acesso direto a serviços essenciais. Em muitas cidades, sobretudo no interior, uma agência responde por toda a movimentação financeira da região, que vai desde aposentadorias, pagamento de contas e apoio a pequenos empreendimentos.
O deputado estadual Bobô destacou a gravidade da situação e se comprometeu a convocar audiência pública na Assembleia Legislativa da Bahia, com convite aos bancos, MPT (Ministério Público do Trabalho), Procon e movimentos sociais. O objetivo é envolver mais atores e discutir soluções e cobrar responsabilidade dos bancos, que se beneficiam financeiramente, mas não demonstram compromisso social.
A situação é crítica e precisa ser mudada, urgentemente. Por isto, o Sindicato considera fundamental o apoio para que os bancos respeitem funcionários e clientes, que ajudam a ampliar a rentabilidade das instituições. No primeiro trimestre deste ano, o lucro dos quatro maiores da rede privada no país somou R$ 28,2 bilhões.