Empregados da Caixa querem atenção à saúde

No 40º Conecef (Congresso Nacional dos Empregados da Caixa), nesta sexta-feira (22/08), durante debate sobre o Saúde Caixa, os delegados denunciaram o ambiente de trabalho na empresa. Pressão, medo, tensão, esgotamento físico e mental. Nada disto deveria fazer parte do dia a dia do bancário. 

Por Ana Beatriz Leal

O adoecimento da categoria tem relação direta com a importância da sustentabilidade do Saúde Caixa. Pesquisa revela que 75% dos afastamentos no banco eram causados por doenças mentais e comportamentais. Os custos relacionados a estes tratamentos representaram R$ 200 milhões em despesas. 
 

No 40º Conecef (Congresso Nacional dos Empregados da Caixa), nesta sexta-feira (22/08), durante debate sobre o Saúde Caixa, os delegados denunciaram o ambiente de trabalho na empresa. Pressão, medo, tensão, esgotamento físico e mental. Nada disto deveria fazer parte do dia a dia do bancário. 
 

Além do fim do teto do Saúde Caixa, o movimento sindical também cobra o aperfeiçoamento da política de gestão de pessoas, destaque para a mudança dos programas de prevenção e promoção da saúde. 
 

Dos afastamentos registrados pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) entre bancários em 2024, mais de 50% foram motivados por questões relacionadas à saúde mental. Na Caixa, o número é maior, cerca de 70%.
 

A falta de registro de CAT é outro problema. Pesquisa da Fenae revela que 82% de empregados afirmaram que não registraram a Comunicação de Acidente de Trabalho, enquanto 37% disseram temer retaliação.
 

O levantamento também traz dados que fazem entender a realidade do empregado. Do total de pessoas que responderam, 55% se sentem pressionados a vender produtos de baixa qualidade e não indicados aos clientes. O risco de descomissionamento aflige 41%. E 28% não veem sentido no seu trabalho. Preocupante.