Itaú joga aposentados à própria sorte

Ao retirar sua parte no custeio dos planos, o banco transfere a totalidade das mensalidades para os aposentados, em alguns casos dobrando os valores cobrados e tornando insustentável a manutenção do benefício.

Por Julia Portela

Amanhã, na Alba (Assembleia Legislativa da Bahia), acontece a audiência pública para debater a política de abandono adotada pelo Itaú em relação aos aposentados. O banco mais lucrativo do país nega a ex-funcionários o acesso a um plano de saúde digno e financeiramente viável, aprofundando a precarização daqueles que dedicaram décadas de trabalho à instituição.

 


A audiência, marcada para às 10h, foi proposta pelo deputado estadual Bobô (PCdoB) e aprovada pela Comissão de Defesa do Consumidor e Relações de Trabalho, atendendo à reivindicação dos sindicatos, que denunciam a postura do Itaú. Enquanto os lucros bilionários seguem engordando os bolsos de acionistas, os trabalhadores aposentados são empurrados para a exclusão do sistema de saúde suplementar.

 


Ao retirar sua parte no custeio dos planos, o banco transfere a totalidade das mensalidades para os aposentados, em alguns casos dobrando os valores cobrados e tornando insustentável a manutenção do benefício. Trata-se de uma política cruel, que ignora o compromisso com quem ajudou a construir a história e a lucratividade da empresa.

 


A mobilização nacional contra esse ataque não é nova. Em agosto, uma audiência pública já havia sido realizada na Câmara dos Deputados, em Brasília, reunindo representações sindicais de todo o país. A resistência segue agora em âmbito estadual como parte de uma estratégia de denúncia e enfrentamento.

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