Espelhadas no ser humano, IA recria padrão machista
Mais de 1,4 milhão de imagens e vídeos em plataformas como Google, Youtube, Wikipédia foram analisados e associaram mulheres à juventude, enquanto homens são retratados como mais velhos, experientes e ocupando cargos de maior status e remuneração.
Por Itana Oliveira
Apesar de surpreendentemente inovadoras, para o bem e para o mal, as inteligências artificiais generativas carregam a marca inerente do seu criador, o homem. Pesquisa norte-americana exibe que o conservadorismo masculino é predominante mesmo nas ferramentas tecnológicas, consideradas o ápice dos saberes na realidade atual. Segundo a revista Nature, responsável pelo estudo, há evidências pertinentes de que os principais algoritmos de IA reforçam estereótipos de gênero e idade, colocando mulheres como mais inexperientes do que homens, mesmo em contexto profissionais de alto prestígio.
Mais de 1,4 milhão de imagens e vídeos em plataformas como Google, Youtube, Wikipédia foram analisados e associaram mulheres à juventude, enquanto homens são retratados como mais velhos, experientes e ocupando cargos de maior status e remuneração.
No caso do ChatGPT, principal ferramenta de IA utilizada atualmente, os pesquisadores geraram 40 mil currículos hipotéticos femininos e masculinos equivalentes em popularidade e origem étnica. O resultado concluiu que homens são vistos como mais experientes e mulheres menos qualificadas. Ou seja, até o fictício é machista.
