Em um ano, bancos fecham quase 4,2 mil postos 

A irresponsabilidade social do sistema financeiro com alto índice de demissões é impressionante. Mesmo com lucro bilionário sempre crescente, nos últimos 12 meses os bancos eliminaram 4.171 postos de trabalho bancário. O setor enche os cofres, precariza atendimento com terceirização e desemprega pais e mães de família. Ganância pura.

Por Renata Andrade

A irresponsabilidade social do sistema financeiro com alto índice de demissões é impressionante. Mesmo com lucro bilionário sempre crescente, nos últimos 12 meses os bancos eliminaram 4.171 postos de trabalho bancário. O setor enche os cofres, precariza atendimento com terceirização e desemprega pais e mães de família. Ganância pura.


É evidente que os bons indicadores econômico, especialmente no mercado de trabalho, não são fruto da boa vontade dos bancos. Pelo contrário. O saldo de emprego bancário só cai, apesar de o setor financeiro estar sempre crescente. Basta entrar em uma agência para perceber que faltam funcionários. São clientes insatisfeitos com a demora no atendimento, longas filas e empregados cada vez mais sobrecarregados.


Nos dois primeiros meses deste ano foi constatada a abertura de 1.074 vagas, mas o resultado positivo se deu devido a convocação de aprovados em concurso público do Banco do Brasil. Os dados da PEB (Pesquisa do Emprego Bancário) referente ao primeiro bimestre deste ano apontam a ampliação de vagas no período associada à criação de postos de escriturário. Se desconsiderar a movimentação, o saldo seria de 543 vagas a menos. 


No primeiro bimestre de 2024, o saldo de emprego, excluindo a categoria bancária, foi de 4.764 vagas de trabalho. Quase seis vezes mais do que no mesmo período de 2023, com destaque para o crédito cooperativo (+1.949 postos).