Bradesco: resistência em Rio do Pires
O Bradesco, um dos maiores bancos do país, segue com a política cruel de fechar agências na Bahia, afetando diretamente a população, principalmente no interior. Agora, Rio do Pires se mobiliza contra o encerramento da única unidade no município.
Por Camilly Oliveira
O Bradesco, um dos maiores bancos do país, segue com a política cruel de fechar agências na Bahia, afetando diretamente a população, principalmente no interior. Agora, Rio do Pires se mobiliza contra o encerramento da única unidade no município.
Quarta-feira (04/06), acontece audiência pública, às 9h, na Câmara Municipal. No mesmo dia, à tarde, moradores da cidade fazem um ato em frente à agência, denunciando os impactos da medida.
O discurso de modernização, usado como justificativa, não se sustenta diante da realidade brasileira, na qual mais de 20% da população não têm acesso regular à internet, sobretudo em áreas remotas. A decisão do Bradesco revela uma lógica perversa, onde o lucro, que chegou a quase R$ 20 bilhões em 2024, sempre se sobrepõe aos direitos básicos de cidadania e à função social que um banco deveria cumprir.
Em Palmeiras, na Chapada Diamantina, e em Camaçari, na Região Metropolitana, a população sente o peso das medidas arbitrárias. A mobilização popular e sindical não conseguiu impedir o fechamento de agências vitais para a dinâmica econômica local, enquanto o banco mantém a política de enxugamento, com mais de 1.300 pontos de atendimento encerrados nos últimos anos.
O que está em jogo não é apenas a permanência de agências, mas o direito fundamental de acesso aos serviços bancários. O Bradesco finge não ver que excluir comunidades inteiras do atendimento presencial significa aprofundar desigualdades, abandonar os mais pobres e reduzir o papel do banco a uma máquina fria de gerar lucros, sem compromisso social.