Diferença de renda ainda continua alta

A renda média mensal do grupo do 1% mais rico do país é 39,2 vezes maior do que os 40% com menores rendimentos, aponta a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE.

Por Rose Lima

É fato que a democracia social tem melhorado a vida das pessoas. O mercado de trabalho voltou a aquecer. O rendimento mensal domiciliar bateu recorde em 2023, com crescimento de 11,5%. Mas, a desigualdade de renda no Brasil é tão gritante, que não dá para combater da noite para o dia. Sobretudo, depois dos anos de ultraliberalismo, que aumentou a distância entre ricos e pobres.

 

A renda média mensal do grupo do 1% mais rico do país é 39,2 vezes maior do que os 40% com menores rendimentos, aponta a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE. Embora apresente queda ante 2019, quando a diferença chegou a 48,9 vezes – a maior já registrada, ainda é muito alta.


Em números, o topo da pirâmide social registrou renda média domiciliar de R$ 20.664,00 em 2023. Já a dos brasileiros que estão na base foi de R$ 527,00 no ano passado. 

 

Bolsa Família impede desigualdade maior

 

A ampliação de programas sociais, como o Bolsa Família, ajudou a segurar a desigualdade de renda em 2023, mostra o IBGE. Pelo estudo, a proporção de domicílios com algum beneficiário do Bolsa Família saltou de 16,9%, em 2022, para 19% em 2023 – novo recorde. 

 

Bandeira do governo Lula, o programa foi relançado no ano passado. Os maiores percentuais estavam concentrados nas regiões Norte, com 31,7%, e Nordeste, em 35,5% dos lares.