Combate ao garimpo ilegal ganha força

A ação deve durar até 31 de dezembro. É a segunda vez, desde que a democracia social retomou o poder central, em janeiro de 2023, que as Forças Armadas são convocadas

Por Camilly Oliveira

O governo Lula amplia os esforços para combater o garimpo ilegal nas Terras Yanomami. A segunda etapa da Operação Catrimani vai contar com um Comando permanente das Forças Armadas, que será estabelecido na cidade de Boa Vista (RR). A intenção é interromper o fluxo logístico das atividades de apoio e inutilizar a infraestrutura de suporte. 


A ação deve durar até 31 de dezembro. É a segunda vez, desde que a democracia social retomou o poder central, em janeiro de 2023, que as Forças Armadas são convocadas. 


Na primeira operação, em caráter humanitário e emergencial, foram realizados esforços para transporte e a distribuição de alimentos. Desde janeiro do ano passado foram entregues 36,6 mil cestas de produtos, além da realização de 3.029 atendimentos médicos e 205 evacuações aeromédicas.


Ainda assim, a ação do garimpo ilegal continua, causando prejuízos à vida de milhares de indígenas. Na reserva Yanomami, a maior do país, vivem mais de 27,1 mil indígenas, segundo Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2022, distribuídos em nove aldeias. 


O ministério coordenará a atuação dos militares de forma a contribuir com as ações governamentais na Terra Indígena Yanomami. Desta vez, as Forças Armadas concentrarão esforços para interromper o fluxo logístico das atividades de apoio e inutilizar a infraestrutura de suporte ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. Para isso, será estabelecido um posto de comando na cidade de Boa Vista, em Roraima.