Crescem os resgates do trabalho escravo 

O relatório anual publicado pela CPT (Comissão Pastoral da Terra) mostra que os resgates têm relação direta com o aumento das fiscalizações. No campo, a maior parte das libertações foi na cultura de cana-de-açúcar (618 trabalhadores), nas plantações de café e uva (598) e nas lavouras temporárias (477). 

Por Camilly Oliveira

Com a volta da democracia social, o combate ao trabalho análogo à escravidão ganha força total com o crescimento dos resgates. No ano passado foram 2.663 em 351 casos. O número é assustador, mas representa apenas os denunciados. É impossível calcular os que sofrem calados. 


O relatório anual publicado pela CPT (Comissão Pastoral da Terra) mostra que os resgates têm relação direta com o aumento das fiscalizações. No campo, a maior parte das libertações foi na cultura de cana-de-açúcar (618 trabalhadores), nas plantações de café e uva (598) e nas lavouras temporárias (477). 


Goiás, Minas Gerais e Rio Grane do Sul foram os estados com mais resgatados. Essa é só a ponta do iceberg, a parte visível da problemática. Os resgates são feitos através de fiscalização e denúncias. Mas, e onde a fiscalização não chega? Como ficam os trabalhadores explorados? Surge aí a necessidade de intensificar as campanhas de incentivo a denúncia.