Brasil sobe mais de 40 posições na liberdade de imprensa

A tendência é vista desde 2024, quando o país chegou à 82ª posição.

Por Itana Oliveira

Comparado com 2022, último ano do governo Bolsonaro, o Brasil subiu 47 posições no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa, realizado pelo Repórteres Sem Fronteira. Hoje, o país está na 63ª, entre 180 nações. A tendência é vista desde 2024, quando o país chegou à 82ª posição.

 

O tratamento hostil com que Jair Bolsonaro se referia à imprensa durante todo o seu mandato refletiu diretamente na forma de divulgação de notícias, especialmente nos meios de comunicação simpatizantes ao governo. Bolsonaro, inclusive, omitiu os números de casos e mortes na pandemia da Covid-19, o que levou à criação do consórcio dos veículos de imprensa para apurar números de responsabilidade do Ministério da Saúde. 

 

A recuperação se apresenta de forma gradativa, mas perceptível, especialmente em comparação com o restante do mundo, que vive uma crise no cenário midiático: dos 100 pontos possíveis, todos os países ficaram abaixo dos 55.

 

O estudo leva em conta cinco indicadores: político, social, econômico, marco legal e segurança, além disto, aponta que os meios de comunicação estão divididos entre informar de forma independente e sobreviver economicamente, afinal, o que vende a notícia é a publicidade. 

 

Em 46 países, segundo o relatório, a comunicação está parcial ou totalmente concentrada em mãos do Estado, número alarmante se levado em consideração que estamos no século XXI, em 2025.