Lucro bilionário não impede demissões no Bradesco

O Sindicato dos Bancários da Bahia tem denunciado há muito tempo a política de cortes do Bradesco, que adoece os funcionários e compromete o atendimento. Esta quarta-feira (31/05) foi de mais protesto, com o Dia Nacional de Luta

Em um ano, o Bradesco fechou 1.276 postos de trabalho, mesmo com lucro de mais de R$ 20 bilhões em 2022. Em 2023, a tendência segue junto com o fechamento de agências - 93 tiveram as atividades encerradas desde janeiro e outras 174 unidades de negócios.


O Sindicato dos Bancários da Bahia tem denunciado há muito tempo a política de cortes, que adoece os funcionários e compromete o atendimento. O caso foi levado ao Ministério Público. Paralelamente, a entidade realiza manifestações e campanhas contra o desrespeito do Bradesco, que gasta muito com propaganda, mas assedia e maltrata os bancários. 


Esta quarta-feira (31/05) foi de mais protesto, com o Dia Nacional de Luta contra o fechamento de agências e demissões. Em Salvador, a manifestação aconteceu na agência do Garcia.  Houve apoio da população que passava pela manifestação do Sindicato. As pessoas aplaudiam, buzinavam e muitas diziam que “é isso mesmo”, demonstrando reação positiva. Além disso, foi distribuído panfleto informativo sobre a lei que proíbe os bancos de barrarem os clientes nas agências, com o número dos canais de denúncia.


“A atuação do Sindicato extrapola a condição corporativa, porque queremos também melhorias para clientes e usuários. Foi assim com a implantação das portas giratórias, com as cadeiras no interior das agências, banheiros e com a Lei dos 15 minutos”, destacou o diretor do SBBA e membro da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Élder Perez. 


Além de deixar desemparados pais e mães de famílias, a política perversa de cortes causa pânico entre os bancários. “Quando ocorre uma demissão em uma empresa, gera um clima terrível, porque amedronta os demais. São pais e mães que dedicaram 10, 20, 30 anos de vida para turbinar o lucro do banco” reforçou o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos.


É um absurdo que mesmo cumprindo as metas, os trabalhadores sejam desligados de modo sumário, sem diálogo ou alternativa para reposicionar. Manter a luta contra a ganância do banco e a mobilização contra o adoecimento mental no ambiente de trabalho é fundamental. 

Apoio
Também houve apoio da população que passava pela manifestação do Sindicato. As pessoas aplaudiram, buzinaram e muitas que “era isso mesmo”, demonstrando que a reação positiva da sociedade. Além disso, foi distribuído panfleto informativo para a população com a lei que proíbe os bancos de barrarem os clientes nas agências e com o número dos canais de denúncia.