Empresas favorecem homens. Preconceito

As trabalhadoras recebem 19,4% a menos do que os homens para exercer funções semelhantes em quase 50 mil empresas com mais de 100 funcionários. Em cargos de liderança e gerentes, a diferença chega a 25,2%. 

Por Angélica Alves

A política de igualdade salarial precisa ser efetivada no Brasil. Mais de 51% das empresas atuantes no país possuem planos de cargos e salários que tendem a privilegiar os homens. É o que aponta o levantamento do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). 


As trabalhadoras recebem 19,4% a menos do que os homens para exercer funções semelhantes em quase 50 mil empresas com mais de 100 funcionários. Em cargos de liderança e gerentes, a diferença chega a 25,2%. 


As negras são as mais afetadas. A renda média delas é de R$ 3.040,89. Já a dos homens não-negros é de R$ 5.718,40. Elas ganham, em média, 66,7% do salário das mulheres não negras. 


A pesquisa também mostra que apenas 32,6% das empresas possuem políticas de incentivo à contratação de funcionárias. Já 38,3% afirmam que adotam medidas para promoção de mulheres em cargo de chefia. Enquanto 17,7% concedem licença-maternidade ou paternidade estendida e 31,4% pagam auxílio-creche.