Itaú amplia a exclusão bancária
O impacto social é brutal. A população mais pobre, idosos e trabalhadores enfrentam um verdadeiro labirinto para resolver questões simples. O setor bancário já eliminou quase 1.200 postos de trabalho só neste ano — mais de 1 mil apenas em março. Funcionários vivem sob incerteza, sem saber se serão realocados, para onde, ou se serão simplesmente desligados. Muitos precisam mudar de cidade às pressas, enfrentando prejuízos financeiros, familiares e de saúde.
Por Camilly Oliveira
O Itaú, maior banco privado do país, é um retrato cruel do ultraliberalismo em prática. Em nome do lucro, a empresa acelera o projeto de reestruturação, fechando agências como quem apaga as luzes de uma sala. O resultado é devastador: empregos eliminados, atendimento bancário desmontado e populações inteiras, especialmente no interior, jogadas à margem.
Em 2024, foram 219 agências encerradas no Brasil. Agora, em 2025, o ritmo continua. Cerca de 14 unidades fecham por mês. Na Bahia, o ciclo de destruição atinge mais uma vez Salvador com o fechamento da agência do Cabula, deixando um bairro inteiro sem atendimento presencial.
O impacto social é brutal. A população mais pobre, idosos e trabalhadores enfrentam um verdadeiro labirinto para resolver questões simples. O setor bancário já eliminou quase 1.200 postos de trabalho só neste ano — mais de 1 mil apenas em março. Funcionários vivem sob incerteza, sem saber se serão realocados, para onde, ou se serão simplesmente desligados. Muitos precisam mudar de cidade às pressas, enfrentando prejuízos financeiros, familiares e de saúde.
O Itaú ignora o diálogo com os sindicatos, recusa propostas de realocação e mantém uma política centrada no dinheiro. O banco se prepara para celebrar R$ 45 bilhões de lucro em 2025, enquanto comunidades são abandonadas e a dignidade dos bancários vira saldo residual.