Efeito dominó: Itaú vai fechar mais agências
O cliente do Itaú que precisar de atendimento em uma agência bancária de Salvador vai precisar correr de um bairro para outro. Uma dor de cabeça. O banco tem acelerado o processo de fechamento de unidades, em claro prejuízo à população, que fica completamente desassistida, descontente e incomodada com a postura da empresa, além do trabalhador, que perde o emprego.
Por Ana Beatriz Leal
O cliente do Itaú que precisar de atendimento em uma agência bancária de Salvador vai precisar correr de um bairro para outro. Uma dor de cabeça. O banco tem acelerado o processo de fechamento de unidades, em claro prejuízo à população, que fica completamente desassistida, descontente e incomodada com a postura da empresa, além do trabalhador, que perde o emprego.
A mira está apontada para vários bairros. A previsão é que o Itaú encerre as atividades, no final de junho, da agência de Brotas, um bairro bastante populoso.
A unidade possui 18 funcionários para atender 17 mil clientes. A conta, obviamente, não fecha. Se no local já há sobrecarga, quando fechar as portas, a demanda da unidade que vai receber a migração vai multiplicar. A clientela, que paga taxas e tarifas altíssimas, está insatisfeita e preocupada. Muita gente já pensa em encerrar a conta.
O fechamento de agências é um efeito dominó. A próxima da lista é a do Cabula, que possui 25 mil correntistas e apenas 24 trabalhadores. A estimativa é que feche no final de julho. Pelos números nota-se que o Itaú mantém a tendência de muito trabalho e pouca mão de obra.
Apesar de figurar no topo do sistema financeiro, no primeiro trimestre deste ano lucrou R$ 11,128 bilhões, o Itaú fechou 227 agências no ano passado em todo o país. Dado que reforça que o compromisso é com os cofres, cada vez mais abarrotados. Falta responsabilidade social com os bancários, que estão perdendo os empregos ou trabalhando no limite, e com os clientes, que são tratados meramente como peças que ajudam a alavancar a lucratividade.