Universidades negligenciam regulamentação da IA

Uma pesquisa realizada pela Cátedra Oscar Sala da USP, verificou que nos sites de 69 universidades federais, 38 estaduais, 35 católicas e 16 particulares, foram encontrados apenas sete documentos que tratam da questão.

Por Itana Oliveira

A inteligência artificial pensada para automatizar tarefas imitando a ação humana avança de tal forma que, até de amigos, as máquinas têm sido chamadas. Nas universidades não poderia ser diferente, se a IA é capaz de processar dados e pesquisar sobre qualquer assunto, também pode estudar no lugar do ser humano. Fato este que preocupa, visto que coloca a formação de profissionais em risco.

 

Uma pesquisa realizada pela Cátedra Oscar Sala da USP, verificou que nos sites de 69 universidades federais, 38 estaduais, 35 católicas e 16 particulares, foram encontrados apenas sete documentos que tratam da questão. A UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Unesp (Universidade Estadual Paulista), PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná) UFG (Universidade Federal de Goiás) e UFDPar (Universidade Federal do Delta do Parnaíba), que criaram resoluções normativas e claras sobre o uso da ferramenta em atividades acadêmicas que servem tanto para alunos quanto professores. A UFBA (Universidade Federal da Bahia) e o Senai Cimatec publicaram guias extensos e aprofundados sobre o uso consciente da IA.

 

A escassez de conteúdo relacionado a normas do tema nas universidades, um dos principais espaços de discussão sobre temas amplos é alarmante especialmente se considerar que o fato tem consequência direta na formação de estudantes. É de extrema relevância que as novas versões tecnológicas e de aprendizado sejam discutidas em sala de aula.