Santander: lucro cresce, emprego cai

A política de redução de custos e maximização do lucro adotada pelo Santander aprofunda o distanciamento entre o banco e a sociedade brasileira.

Por Rose Lima

O movimento de cortes no sistema financeiro segue acelerado. O Santander, um dos maiores bancos em atividade no país, encerrou o terceiro trimestre de 2025 com 51.747 empregados, número que representa a eliminação de 3.288 postos de trabalho em apenas 12 meses, sendo 2.171 apenas entre julho e setembro.

 

 

O processo de redução também atinge a estrutura de atendimento. Em um ano, o banco fechou 585 pontos de atendimento, entre agências e postos avançados. No terceiro trimestre, 157 unidades foram encerradas, restringindo ainda mais o acesso da população a serviços bancários presenciais, especialmente no interior.

 

 

Em contrapartida, a base de clientes e lucro crescem. O banco espanhol atingiu 72,8 milhões de correntistas, elevação de 4 milhões de clientes em 12 meses. Já o lucro líquido acumulado nos nove primeiros meses de 2025 foi de R$ 11,529 bilhões, alta de 15,1% em relação ao mesmo período de 2024.

 

 

A política de redução de custos e maximização do lucro adotada pelo Santander aprofunda o distanciamento entre o banco e a sociedade brasileira. Ao priorizar a rentabilidade acima de tudo, a instituição sacrifica empregos, fecha agências, terceiriza e impõe sobrecarga aos trabalhadores que permanecem, ao mesmo tempo em que reduz o atendimento presencial e amplia a exclusão financeira de milhares de brasileiros.