Caixa intensifica fechamento de agências
Os empregados também são afetados. Além da sobrecarga de trabalho, por conta da alta demanda em função do aumento do número de contas, beneficiários e operações, a transferência de trabalhadores para novas agências causam grande impacto. A situação ajuda a explicar o alto adoecimento entre os funcionários da Caixa.
Por Itana Oliveira
O fechamento de agências bancárias pelo Brasil não é um fato exclusivo de bancos privados. A Caixa, por exemplo, reduz pontos de atendimento desde 2017. De lá para cá, 196 foram fechados. A rede física caiu de 3.404 unidades em 2015 para 3.208 ao final de setembro de 2025, com destaque negativo para 2024 (–113 agências) e em 2025 (–50 até setembro).
O encolhimento da rede de atendimento também prejudica a população mais vulnerável, já que os principais programas do governo federal, como Bolsa Família, BPC (Benefício de Prestação Continuada, abono salarial, FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e diversos programas são executados pela Caixa.
Sem contar que milhões de brasileiros que vivem em localidades afastadas e dependem do atendimento presencial precisam se deslocar até outros municípios para ter atendimento.
Os empregados também são afetados. Além da sobrecarga de trabalho, por conta da alta demanda em função do aumento do número de contas, beneficiários e operações, a transferência de trabalhadores para novas agências causam grande impacto. A situação ajuda a explicar o alto adoecimento entre os funcionários da Caixa.
Ainda que a Caixa tenha se comprometido na mesa de negociações que nenhum empregado perderia a função ou remuneração, na prática, a transferência de funcionários entre as agências que já têm cargos específicos ocupados (caixas, tesoureiros ou gerentes) resulta em descomissionamento, perda de gratificações e redução salarial dos realocados.
