ACT é proteção na Saúde Caixa

A assinatura do ACT aguarda definição, mas a aplicação já está prevista para janeiro de 2026. Em fevereiro, as negociações retomam dois temas decisivos: o fim do teto estatutário e a equiparação de direitos pós-aposentadoria para quem ingressou após 2018. Os eixos definem o alcance real da recuperação financeira do Saúde Caixa.

Por Camilly Oliveira

O déficit projetado do Saúde Caixa confirma o alerta que a categoria levantou nos últimos meses. Os dados analisados pelo GT (Grupo de Trabalho) mostram um plano pressionado por despesas que sobem desproporcionalmente e receitas que avançam pouco. O descompasso evidencia a urgência de reparos estruturais e, ao mesmo tempo, destaca a precisão política da decisão coletiva que aprovou o novo ACT (Acordo Coletivo de Trabalho). 

 


O GT reafirmou um ponto central de que o ACT virou a barreira que impede a transferência do déficit. Garante reajuste zero, preserva limites de coparticipação e estabelece mecanismos de acompanhamento que reduzem brechas e opacidade na gestão. Ao mesmo tempo, escancara a origem do problema. Internações, terapias complexas e atendimentos emergenciais registram alta expressiva, enquanto a arrecadação segue o ritmo limitado da folha. Por isto, a defesa do custeio 70/30 só se concretiza quando o teto de 6,5% deixa de frear a responsabilidade da Caixa no financiamento do plano.

 


A assinatura do ACT aguarda definição, mas a aplicação já está prevista para janeiro de 2026. Em fevereiro, as negociações retomam dois temas decisivos: o fim do teto estatutário e a equiparação de direitos pós-aposentadoria para quem ingressou após 2018. Os eixos definem o alcance real da recuperação financeira do Saúde Caixa.

 


O GT monitora gastos, cobra transparência e pressiona pela ampliação da participação da empresa no custeio. A defesa do plano se transforma em estratégia de futuro: garantir estabilidade, preservar direitos e impedir que desequilíbrios financeiros sejam usados como justificativa para retrocessos.