Itaú é o exemplo do que representa agenda ultraliberal

No caso do Itaú, embora sempre tenha resultado extraordinário – no primeiro trimestre de 2024 fechou o balanço em quase R$ 10 bilhões -, cortou 211 postos de trabalho na base da Bahia e Sergipe e seis agências. A política de extermínio não vem de agora.

Por Redação

O Itaú, maior banco privado do país, que no ano passado lucrou mais de R$ 35 bilhões, é um exemplo do que representam o ultraliberalismo e o sistema financeiro para a humanidade. O dinheiro está acima de tudo. Não à toa, as empresas mantêm juros altos e pressionam pela aprovação de projetos que aumentam o fosso entre ricos e pobres. 


No caso do Itaú, embora sempre tenha resultado extraordinário – no primeiro trimestre de 2024 fechou o balanço em quase R$ 10 bilhões -, cortou 211 postos de trabalho na base da Bahia e Sergipe e seis agências. A política de extermínio não vem de agora.


Nos 12 meses encerrados em março, a organização financeira extinguiu 3.561 empregos e 180 agências em todo o país. Salvador não escapa. A unidade da Piedade, existente há mais de 50 anos, só funciona até esta quarta-feira (22/05). Justamente para chamar a atenção da sociedade para a gestão danosa, o Sindicato dos Bancários da Bahia e Federação da Bahia e Sergipe realizaram manifestação, nesta terça-feira (21/05), na Piedade.


Antes, saíram de preto em caminhada pela avenida Sete de Setembro com um caixão, em alusão à “morte” ou fechamento da unidade, que tem 8 mil clientes. Entre os 10 funcionários do local, apenas 2 sabiam para onde seriam realocados até a manhã desta terça-feira. 


Os prejuízos não se limitam aos bancários. Os correntistas terão as contas transferidas para o Comércio. Já os beneficiários do INSS, a maioria idosos, vão para a unidade das Mercês que, detalhe, não tem mais ninguém no caixa para atendimento. Será um verdadeiro “Deus nos acuda”. Nessa pegada, quem sobra é o povo, que terá de se virar nos terminais eletrônicos.


“O banco gasta uma fortuna para contratar Madonna, Lewis Hamilton para passar imagem de comprometido. Mas, na verdade, adoece e maltrata funcionários e clientes”, alertou o presidente do Sindicato Augusto Vasconcelos. 


A diretora da Federação, Andreia Sabino, reforçou. “Cadê o compromisso social? Porque o banco, na propaganda, diz que cuida de pessoas. Mas, cadê esse cuidado?”.