Jornada de 6 Horas, um marco de resistência

A histórica greve das 6 horas da Caixa Econômica, em 30 de outubro de 1985, marcou a luta por dignidade e direitos fundamentais, assegurando a jornada de 6 horas e o direito à sindicalização. Em meio ao processo de redemocratização do Brasil, trabalhadores enfrentaram pressões e mobilizaram-se com coragem para serem reconhecidos como bancários, em um cenário de adesão nacional. 

Por Camilly Oliveira

A histórica greve das 6 horas da Caixa Econômica, em 30 de outubro de 1985, marcou a luta por dignidade e direitos fundamentais, assegurando a jornada de 6 horas e o direito à sindicalização. Em meio ao processo de redemocratização do Brasil, trabalhadores enfrentaram pressões e mobilizaram-se com coragem para serem reconhecidos como bancários, em um cenário de adesão nacional. 

 


O secretário-geral da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, que liderou o movimento em 1985, afirmou: “A greve das 6 horas foi um momento histórico na luta da categoria e precisa ser comemorada sempre para que as novas gerações percebam que tudo que temos hoje foram conquistas de nossas lutas, com muita unidade e mobilização.”

 


O movimento, de alcance nacional, atingiu agências da Caixa em todo o país, evidenciando a união dos trabalhadores em torno de objetivos comuns. A liderança das entidades sindicais e apoio dos empregados foram fundamentais para pressionar o Congresso a tramitar em caráter de urgência o projeto que regulamentou a jornada de 6 horas. 

 


A vitória da categoria gerou mudanças que se mantêm até hoje, consolidando a presença dos trabalhadores organizados na defesa do banco público. A jornada reduzida e o direito à sindicalização não só garantiram melhorias nas condições de trabalho, mas também fortaleceram a importância do papel social da Caixa. Esta conquista histórica impulsionou as novas gerações a manterem viva a luta por direitos e pela preservação do patrimônio público.