COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
QUESTÃO CLASSISTA
Diante das remotas chances de Bolsonaro reverter a inelegibilidade até 2030, as elites procuram desesperadamente um nome para sucedê-lo na eleição de 2026 e salvar a agenda ultraliberal. No plano macroeconômico, Lula não tem poder hoje para sepultar o ultraliberalismo, mesmo assim, ideologicamente, os donos do dinheiro querem vê-lo fora do poder. É uma questão de classe.
FRASE POTENTE
Ao afirmar, perante a elite da indústria automobilística, que “o Brasil está pronto para se tornar uma potência”, Lula toca em uma questão geopolítica complexa e visceral na América Latina. É possível se tornar um país potente sem romper com a ordem internacional imperialista, hoje ultraliberal? Que digam Cuba, Venezuela e, fora do subcontinente, até a Rússia. Sem rodeio.
PIRATAS VIRTUAIS
O caso da criminosa tentativa do bilionário fascinazista Elon Musk de destruir a democracia brasileira, com agressões à soberania nacional, ajuda a entender o motivo de o poder econômico, em nível global, rejeitar radicalmente a regulação da Internet. As redes sociais são usadas para afrontar a soberania dos países e saquear as riquezas. Bandidagem digital.
FALTA GRAVE
Se Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, tivesse compromisso com o Brasil, remeteria ao Conselho de Ética os deputados bolsonaristas Bibo Nunes (PL-RS), Marcel Hattem (Novo-RS), Adriana Ventura (Novo-SP) e Any Ortiz (Cidadania-RS), que apoiam as agressões do fascinazista Elon Musk à soberania nacional. Alta traição. Caso para cassação de mandato.
GOLPISMO ATIVO
Afirmações do professor da UERJ João Cezar de Castro Rocha em entrevista ao 247 que desenham a delicada realidade brasileira: "A articulação golpista continua a todo vapor". Outra: "Elon Musk está agindo em sintonia com os extremistas brasileiros". Mais uma: "O movimento da extrema direita internacional é totalmente coordenado". Pois é, está faltando povo nas ruas.
