COP30: a Bahia se prepara para liderar transição energética
Augusto Vasconcelos, fala na COP 30 sobre a Bahia liderar transição energética
A transição energética esteve no centro dos debates da COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, que aconteceu em Belém. Não restam dúvidas da urgência da transformação das fontes principais de energia do mundo, com foco em fontes mais limpas e renováveis, mantendo o acesso universal e a preços justos. O desafio é equilibrar sustentabilidade, inclusão social e desenvolvimento econômico, e nós podemos dizer, com orgulho, que a Bahia está na dianteira desse movimento.
A inauguração da fábrica da BYD é uma das expressões do compromisso do nosso estado com a pauta. Será o maior complexo de produção de carros elétricos da América Latina. Temos ainda aproveitado os ventos fortes e elevados níveis de irradiação solar para ampliar os parques eólicos e fortalecer a produção de energia fotovoltaica. Em 2024, fomos responsáveis por 23% da expansão da capacidade nacional de geração de energia elétrica por fonte eólica e quase 20% da energia solar produzida no país vêm da Bahia.
Implementamos uma política pública permanente de apoio a catadores e catadoras de materiais recicláveis, inclusive durante as festas populares. Apoiamos cooperativas com a compra de maquinários, fornecimento de equipamentos e qualificação, aproximando o setor da indústria de transformação desses materiais. Nosso Governador Jerônimo Rodrigues sancionou uma lei pioneira, que prevê o pagamento de serviços ambientais e que irá beneficiar esses trabalhadores.
Investimos também em hidrogênio verde, com o desenvolvimento de uma planta piloto para pesquisa e inovação relacionadas ao combustível. Além disso, integramos o projeto Replanta Agave, que qualifica agricultores do semiárido para transformar o sisal em biocombustível. Podemos falar das obras do metrô e do VLT e da iniciativa pioneira de uso, no aeroporto de Salvador, de Combustível Sustentável de Aviação (SAF). São ações que diminuem drasticamente a emissão de gases poluentes no setor de transporte.
Todo esse trabalho já eleva significativamente o número de empregos verdes no estado, como mostra o Dieese: em 2024, um terço da nossa população ocupada trabalhava em atividades ligadas à sustentabilidade, representando 33,5% dos 6,4 milhões de trabalhadores. São 410 mil pessoas empregadas diretamente em setores considerados verdes e outros 1,7 milhão em áreas classificadas como potencialmente verdes. Entre 2014 a 2024, a média foi de 35,8%, reforçando a tendência de crescimento dessa modalidade.
O resultado é fruto de um conjunto de inovações em gestão e de investimentos em setores estratégicos. Há uma necessidade histórica e nosso time está empenhado em promover desenvolvimento sustentável, gerando renda para nossa população.
