Cinco famílias controlam mídia do país

Enquanto não houver a democratização dos meios de comunicação, os barões da mídia fazem o que querem e propagam a informação da forma que bem entendem. No Brasil, cinco famílias controlam metade dos 50 veículos de comunicação com maior audiência no país. 


De acordo com a pesquisa Monitoramento da Propriedade da Mídia (Media Ownership Monitor ou MOM), financiada pelo governo da Alemanha e realizada em conjunto pela ONG brasileira Intervozes e a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), baseada na França, o Brasil ocupa o 11º no ranking de Risco à Pluralidade da Mídia. Nos 10 indicadores, como concentração de audiência e salvaguardas regulatórias, o país registra risco "alto" em seis. 


Pelo levantamento, o Grupo Globo, da família Marinho, detém nove dos 50 maiores veículos. A rede Globo também tem presença na TV a cabo (com a GloboNews e outros 30 canais); no rádio, com a CBN e a Rádio Globo; e na mídia impressa, com os jornais O Globo, Extra, Valor Econômico e a revista Época.


O Grupo Globo, sozinho, registra audiência maior do que as somadas do 2º, 3º, 4º e 5º maiores grupos brasileiros. Na lista, também aparecem a família Saad, dona do grupo Bandeirantes, e a família de Edir Macedo, da Record, com cinco veículos cada um, seguidas pela família Sirotsky, da RBS, com quatro veículos na lista, e a família Frias, com três veículos.


Os números mostram que o Brasil carece de um marco legal eficiente para combater oligopólio midiático e promover a pluralidade. A concentração dos meios de comunicação é uma das implicações enfrentadas pela democracia brasileira. Os conglomerados estão comprometidos apenas com os interesses das elites.