Mulheres unidas contra Bolsonaro reúne milhões

Com duas semanas de criação, o grupo Mulheres Unidas Contra Bolsonaro reúne mais de 1,3 milhão de integrantes no Facebook mobilizadas a rejeitar à candidatura à presidência de Jair Bolsonaro (PSL). A comunidade apartidária é contrária a todas as propostas machistas e discriminatórias do candidato. 

A necessidade de organizar atos políticos para chamar atenção da sociedade para as ideias retrogradas em relação ao gênero feminino foi um dos principais motivadores. Uma das criadoras do grupo, a publicitária Ludimilla Teixeira ficou surpresa quando percebeu que em apenas 48 horas, 6 mil mulheres integravam a rede. O que demonstra a insatisfação coletiva visível nas redes sociais. 

Ludimilla destaca o perigo do candidato ser tão preconceituoso e machista, principalmente em questões relacionadas à violência, licença-maternidade, aborto, assédio sexual e estupro. "Tudo que o 'inominável' apresenta como proposta em relação a nós, mulheres, vai na contramão dos direitos civis já conquistados". Ela ressalta que, pela riqueza dos debates na rede, o grupo deve ser mantido após as eleições de outubro só que mudará o nome.  

O Mulheres Unidas Contra Bolsonaro possui uma equipe de moderação formada por 80 mulheres. Na comunidade, o público feminino é mobilizado contra a candidatura de Bolsonaro. Não é permitido postagem de outros candidatos e é aberta a mulheres de esquerda e direita.