Antes da pandemia desemprego atingia 12,9 milhões

A política de austeridade imposta ao país, receita utilizada por Temer e que segue com o governo neofascista de Bolsonaro, com o falso discurso de combate à crise econômica, na prática, eleva o desemprego e as desigualdades sociais no país. A cada nova pesquisa do IBGE os números aumentam.


No primeiro trimestre, 12,9 milhões de pessoas estavam sem emprego no Brasil. Em porcentagem são 12,2%, crescimento de 1,3 ponto percentual ante o último trimestre de 2019. Cenário que vai piorar com a pandemia causada pelo coronavírus e a falta de iniciativa do governo federal, que ao invés de trabalhar para amenizar os impactos da Covid-19, faz justamente o contrário.


A informalidade também está em curva crescente no Brasil há alguns anos. Além do salário extremamente reduzido, a modalidade de trabalho não garante direitos aos brasileiros, que ficam sem férias, 13º salário, FGTS, entre outros benefícios assegurados àqueles com carteira assinada.


O Brasil tem hoje 36,8 milhões de trabalhadores informais. Para se ter ideia, antes do golpe jurídico-midiático-parlamentar, em 2016, o número não chegava a 20 milhões, segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, feita com base em dados do IBGE.


Gênero e cor
O mercado de trabalho continua bem mais cruel com as mulheres. Entre os homens, a taxa de desocupação era de 10,4% no primeiro trimestre. Entre as trabalhadoras do sexo feminino subia para 14,5%. A discriminação também é observada quando a análise é feita por cor.


O índice de desempregados entre as pessoas que se declaram brancas foi de 9,8%, abaixo, portanto, da média nacional. Já entre aquelas que se declaram pretas chegou a 15,2% e entre os indivíduos que se dizem pardos, 14%.