Brasil tem mais de 32 milhões de trabalhadores subocupados

O cenário de trabalhadores subutilizados no Brasil foi agravado com a pandemia. Para além da pior taxa de desemprego da história, que registrou 14,3% no trimestre agosto-setembro-outubro de 2020, segundo o IBGE, a avaliação que engloba todos os subocupados do país é mais grave e chega a 32,5 milhões de brasileiros. 


É necessário entender que, pela metodologia adotada pelo IBGE, desocupadas são as pessoas sem trabalho na semana pesquisada, que tomaram alguma providência efetiva para conseguir uma ocupação no período de referência de 30 dias. Com a pesquisa do instituto, do universo brasileiro de 98 milhões de pessoas na força de trabalho, havia 84 milhões de pessoas ocupadas e 14 milhões desocupadas. 


Porém, a taxa de desempregados não inclui os subocupados, que somam 6,5 milhões de pessoas. O levantamento ainda inclui os que não podiam começar a trabalhar na semana da pesquisa, que chegam a 6,2 milhões de brasileiros e também os desalentados (5,8 milhões). 


A explicação para uma taxa tão alta é o despreparo do governo Bolsonaro, que subutiliza a mão de obra brasileira. Em diferentes países, o que impede uma maior produção é a falta de pessoas especializadas, meios de produção ou de moeda forte para comprar insumos. O Brasil tem os três em abundância, mas tudo é desperdiçado.