População de baixa renda sem acesso à moradia

O Projeto de Lei que cria o programa Casa Verde e Amarela foi sancionado por Jair Bolsonaro. Sem cunho social, o novo programa habitacional do governo exclui asfamílias mais vulneráveis e foi criado sem a participação dos movimentos populares urbanos, que possuem contribuição na luta por moradia popular e formatação de iniciativas destinadas à moradia digna. 

 

O substituto do Minha Casa, Minha Vida tem o objetivo de atender as famílias com renda mensal de R$ 2 mil até R$ 7 mil. O governo dialogou apenas com os setores empresariais da habitação e dos bancos. Vai ignorar o público da chamada Faixa 1 do programa habitacional e social lançado pelo governo Lula, que concedia subsídios de até 90% do valor do imóvel com parcelas fixas de R$ 270,00, no máximo, para as famílias com renda até R$ 1,8 mil. 


A diferença básica é que o programa de Bolsonaro é um produto de mercado, com taxas de juros diferenciadas, de crédito habitacional, e exclui a população de baixa renda ou desempregada. Enquanto que o Minha Casa Minha Vida, cobria 52% dos municípios do país, construiu e entregou mais de 4 milhões de unidades habitacionais entre 2009 e 2016, contratando 5,5 milhões de financiamentos habitacionais.