Com Bolsonaro, gasolina supera a inflação em 158%
A necropolítica ultraliberal imposta pelo governo Bolsonaro é responsável pela disparada sem controle dos preços dos combustíveis. Hoje, a média nacional da gasolina é de R$ 6,683. Em janeiro de 2019, custava nas bombas R$ 4,2, de acordo com a ANP (Agência Nacional de Petróleo).
O aumento em três anos foi de 56,5%. O diesel teve alta maior, saiu de R$ 3,4, no início do mandato de Bolsonaro, para R$ 5,8, crescimento de 69,1%. O gás também disparou e milhões de brasileiros, para não morrer de fome, usam lenha e até álcool para cozinhar. O botijão de 13 quilos que custava, em média, R$ 69,00, hoje é vendido a mais de R$ 100,00, aumento de 47,8%. Em Salvador chega a R$ 130,00.
No mesmo período, o IPCA (Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo) ficou em 21,86%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ou seja, os aumentos consecutivos do preço da gasolina superam em 158,46% a já elevada inflação.
Realidade
O preço médio nacional nem sempre traduz a realidade. Na Bahia, por exemplo, a gasolina passa dos R$ 8,00 em diversos municípios. Segundo a ANP, o Estado tem o combustível mais caro do país. Em Salvador, o cidadão já não encontra posto com preço abaixo de R$ 7,00 o litro.
Muita gente ainda não sabe. Mas a explosão dos preços é consequência da privatização da refinaria Landulpho Alves que, desde dezembro é administrada pela Acelen - que pertence ao fundo de investimento Mudabala Capital, com sede nos Emirados Árabes.
Quer dizer, além de insistir na dolarização dos preços dos combustíveis, para beneficiar os acionistas da Petrobras, o governo Bolsonaro entrega as refinarias de mão beijada ao grande capital e penaliza os brasileiros. O mais irônico é que na campanha eleitoral de 2018, o então candidato Jair Bolsonaro prometia gasolina a "no máximo" R$ 2,50. Já o gás de cozinha não passaria dos R$ 35,00. Falsa promessa.