Defesa da democracia e dos direitos marcam a abertura da Conferência

Os bancários compareceram em peso à abertura da 24ª Conferência dos Bancários da Bahia e Sergipe, na noite desta sexta-feira (13/05), no Hotel Portobello. Diante do avanço da agenda ultraliberal no Brasil, que retira conquistas, reduz poder de compra e dificulta a vida dos brasileiros, a defesa da democracia e dos direitos ganhou destaque no evento.
 

O presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto, fez a leitura do Regimento Interno, que foi aprovado pela categoria por unanimidade. Ele afirmou que os trabalhadores  precisam fazer o debate econômico e corporativo, mas também sobre o futuro do Brasil. "Precisamos defender a democracia, a soberania nacional e os bancos públicos", exclamou. A necessidade de mudança da conjuntura é urgente. “A nossa Conferência sem nenhum medo deve apontar caminhos para o país”, finalizou. 
 

O presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, compôs a mesa de abertura e reforçou a união e a mobilização dos trabalhadores, que tem dado importantes vitórias ao longo dos anos. “Nós construímos uma ampla unidade, que permitiu termos a maior Convenção Coletiva de Trabalho do país. Não há uma conquista trabalhista que não tenha o DNA dos sindicatos”, completou. 
 

Augusto Vasconcelos também lembrou que historicamente a categoria sempre fez um link entre o local de trabalho e as questões do país. Para ele, a luta na campanha salarial não está descolada da situação política do Brasil. Os ataques aos bancários, direitos, bancos públicos são constantes. “Temos uma batalha em curso. Vamos lutar com todas as nossas forças para tirar do poder o governo Bolsonaro, que tanto infelicita o povo brasileiro”.
 

A realidade nas agências, de assédio moral, metas e cobranças também foi abordada por Augusto. O presidente do Sindicato denunciou o alto índice de adoecimento da categoria, muito também em função do número alto de demissões no setor bancário. 

A presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe, Ivânia Pereira, também chamou a atenção para a unidade da categoria para fazer o enfrentamento ao sistema financeiro e ao governo Bolsonaro, que exploram o trabalhador.  
 

A presidenta do Sindicato dos Bancários de Camaçari, Thaíse Mascarenhas, saudou os participantes e disse que “esse movimento que estamos fazendo é o reforço do nosso trabalho. Com certeza tiraremos resoluções importantes para a nossa categoria e para o país”.
 

Representando a CTB, Emanoel Souza, afirmou que a campanha salarial dos bancários é muito maior do que a de outras categorias porque ela é balizadora. O secretário-geral da Feebbase também disse que “estamos vivendo uma crise do capitalismo e precisamos fazer a discussão da manutenção ou não da democracia, que construímos a duras penas e está sendo vilipendiada”. 
 

Carlos Eduardo, representante da CUT, afirmou ser essencial o resgate da democracia e do trabalho decente no Brasil. Na opinião dele, a campanha salarial será dura, sobretudo porque a terceirização e a quarteirização avançam no sistema financeiro, além de os bancos públicos e os direitos estarem sob ataque. 

Parlamentares
O deputado federal Daniel Almeida enviou um vídeo para os bancários. Para ele, mais do que nunca esse é o momento de grande reflexão para todos nós diante dos desafios que estão postos. O parlamentar também lembrou que o país está às vésperas das eleições e tem a missão de derrotar Bolsonaro e eleger a esperança. 

 

A deputada federal Alice Portugal, através de vídeo, defendeu a luta contra a privatização dos bancos públicos e ressaltou a mobilização dos bancários em defesa do direito dos trabalhadores e do país.