Com Bolsonaro, o trabalho infantil dispara no país

O ultraliberalismo imposto pelo governo Bolsonaro aos brasileiros é extremamente cruel até com crianças e adolescentes. Na miséria total e com fome, milhões têm de abandonar a escola para ajudar no sustento da casa. Os números são tristes. No último trimestre do ano passado, 2,36 milhões de jovens entre 14 e 17 anos estavam a procura de emprego e 1,2 milhão em desacordo com a legislação, ou seja, em situação de trabalho infantil. 


São 317.385 jovens a mais nessas condições em relação ao mesmo período de 2020, aponta a Fundação Abrinq. A pesquisa mostra ainda que 640.720 adolescentes entre 14 e 17 anos são submetidos as piores formas de trabalho infantil, em atividades com risco à saúde, ao desenvolvimento e à segurança. É o caso da construção civil, agropecuária, silvicultura, máquinas agrícolas, tecelagem e serviço doméstico. 


De acordo com a legislação brasileira, o adolescente só pode trabalhar, com restrições, a partir dos 16 anos. Entre 14 e 15 anos podem ser jovem aprendiz e tem de estar na escola. Mas, a realidade é bem diferente. É muito fácil encontrar no Brasil crianças trabalhando duro no campo ou nas sinaleiras das grandes cidades vendendo doces, lavando carros e assim por diante. Não poderiam estar ali. Mas sem política pública por parte do governo Bolsonaro, que fecha os olhos para os mais pobres, muitas vezes não têm outra saída.