Bancos cortam postos de trabalho em abril 

Lucrar mais de R$ 28 bilhões no primeiro trimestre do ano não impede os bancos de avançarem com as demissões. O emprego formal no setor apresentou queda em abril. Foram 3.296 desligamentos e 3.232 admissões. Menos 64 vagas. 


O número de demissões foi o maior dos últimos seis meses, aponta o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Em dois anos de pandemia, os bancos fecharam mais de 15 mil postos de trabalho. Detalhe: no início da crise sanitária, em março de 2020, receberam do governo Bolsonaro “ajuda” de R$ 1,2 trilhão. 


Os dados revelam que as demissões voluntárias – que ocorrem através de PDV (Programa de Desligamento Voluntário) – permanecem em altos patamares. Desde setembro de 2021, este tipo de desligamento está acima de 40%. Em abril alcançou a marca de 42%. Só neste ano, mais de 5 mil trabalhadores pediram desligamento, o equivalente a 46,6% do total de demissões. 


Não é só isso. As empresas aproveitam as demissões para achatar os salários. A remuneração mensal paga aos admitidos representavam, em média, 83,6% do valor recebido pelos demitidos no período analisado.