Brasileiro compromete 60% do salário com comida 

O ultraliberalismo imposto pelo governo Bolsonaro acabou com a política de valorização do salário mínimo e mergulhou o país em uma crise sem fim. O custo de vida não para de subir e os brasileiros que ganham um salário mínimo – R$ 1.212,00 – fazem uma verdadeira ginástica para sobreviver. 


Em julho, o trabalhador comprometeu, em média, 59,27% do rendimento para comprar alimentos básicos. Não à toa mais de 120 milhões de pessoas vivem em insegurança alimentar no Brasil atualmente. Dessas, 33,1 milhões passam fome, literalmente.


O levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) aponta que, entre julho de 2021 e julho de 2022, houve alta no valor da cesta básica em todas as capitais. 


Os moradores de São Paulo, Florianópolis e Porto Alegre pagam mais caro. Nas cidades, os produtos passam dos R$ 750,00. Já nos municípios do Norte e Nordeste, os menores valores médios foram verificados em Aracaju, Salvador e João Pessoa. Ainda assim, estão bem, salgados, acima de R$ 540,00. 


Com isso, o Dieese estima que, em julho, o tempo médio para adquirir os produtos da cesta básica foi de 120 horas e 37 minutos de trabalho e o salário mínimo ideal para suprir as necessidades básicas de uma família com dois adultos e duas crianças deveria ser de R$ 6.388,55. O valor é 5,27 vezes o salário mínimo atual.