Mais pressão por investigação sobre assédio na Caixa 

A política de assédio moral colocada em prática no governo Bolsonaro tem respingado nas gestões das empresas públicas. Em audiência pública na CTASP (Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público) da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (21/09), os recentes episódios de assédio moral e sexual na Caixa, que acabaram com a demissão do ex-presidente Pedro Guimarães, foram lembrados.


Perto de completar 90 dias sem informação sobre as investigações, as entidades representativas cobraram transparência na apuração das denúncias. Parece que a saída de Guimarães não solucionou o problema, pois mesmo com a mudança na presidência, denúncias mostram que os empregados têm sido obrigados a realizar vendas casadas para manter as gratificações. 


Pesquisa sobre a saúde dos bancários da Caixa, feita pelo movimento sindical em 2021, apontou que 66% dos entrevistados já tinham presenciado algum tipo de assédio. De cada 10, seis sofreram assédio moral. Uma gestão de terror, realmente.


A deputada federal Erika Kokay (PT-DF), autora da proposta para realização da audiência, alertou que nos últimos anos têm se tornado cada vez mais frequentes as denúncias de assédio moral na Caixa.