Novo governo sinaliza fortalecimento dos sindicatos

Superar as contradições da reforma trabalhista que tirou direitos importantes dos trabalhadores e fortalecer as entidades sindicais devem estar entre as ações do governo que se inicia em 2023. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva tem deixado claro que vai alterar a legislação na tentativa de devolver conquistas e valorizar a negociação coletiva.


Tudo isso passa pelo fortalecimento dos sindicatos. Embora a nova legislação, em vigor desde 2017, tenha mantido as entidades no processo da negociação, a atuação foi enfraquecida. Dados do Sistema Mediador, do Ministério da Economia, mostram que o total de acordos e convenções fechadas entre 2011 e 2017 oscilava de 46 mil a 49 mil. Em 2021, o número não passou de 35 mil.


O novo governo aponta para a retomada do diálogo social entre trabalhadores e empregadores por meio de uma negociação mais equilibrada. Diferentemente do que acontece atualmente, onde as empresas têm total poder. 


Endividados
Com já tratado pelo jornal O Bancário, além do combate à fome e do fortalecimento dos trabalhadores, outra prioridade do novo governo é enfrentar o endividamento das famílias brasileiras, que agravou nos últimos anos com a política ultraliberal imposta por Bolsonaro. Segundo o Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), 69,7% dos lares estão endividados.