Bancos ameaçam direito de greve da categoria

O sistema financeiro, um dos mais lucrativos do país, não cansa de ameaçar e querer retirar conquistas da categoria, fruto da mobilização do movimento sindical. O alvo agora é o direito de greve. A resistência dos bancários conseguiu barrar mais uma absurdo, ainda que temporariamente. 
 

Os trabalhadores conseguiram adiar a votação do Projeto de Lei 817/2022, que inviabiliza o direito de greve dos bancários, por considerar o serviço essencial, criando mais restrições para os trabalhadores participarem da luta. O PL estava pautado para esta quarta-feira (7/12), na Comissão do Trabalho, Administração e Serviços Públicos da Câmara dos Deputados. 
 

As empresas aproveitam o fim do governo Bolsonaro para passar uma boiada de ataques à categoria. “Vamos lembrar que as paralisações só ocorrem em decorrência da intransigência dos bancos, o setor mais lucrativo da economia. Ao invés de criarem mecanismos para dar “paridade de armas” nas negociações coletivas, querem impedir que a classe trabalhadora possa se organizar para preservar direitos”, afirmou o presidente do Sindicato da Bahia, Augusto Vasconcelos.

Outros ataques
No dia 30 de novembro, houve também a tentativa de aprovar a abertura das agências aos sábados e domingos através do PL 1043/19. Mas, a articulação do deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA) foi fundamental para impedir que projeto fosse votado na CDC (Comissão de Defesa do Consumidor) da Câmara.