Mães solo sofrem com a falta de apoio
Ser mãe já é uma tarefa difícil por si só, mas quando se trata de mãe solo no Brasil, os desafios são ainda maiores. Elas encontram mais barreiras para ingressar no mercado de trabalho e quando conseguem uma vaga têm renda média menor
Ser mãe já é uma tarefa difícil por si só, mas quando se trata de mãe solo no Brasil, os desafios são ainda maiores. Elas encontram mais barreiras para ingressar no mercado de trabalho e quando conseguem uma vaga têm renda média menor do que mulheres e homens casados e com filhos.
De acordos com dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o rendimento médio das mães solo no quatro trimestre de 2022 ficou em R$ 2.105,00. O valor é 39% abaixo da renda dos homens casados e com filhos (R$ 3.438,00).
A diferença se mantém quando o recorte é feito com as mulheres casadas e com filhos. Neste caso, o salário médio delas foi de R$ 2.626,00 no quarto trimestre do ano passado, 20% maior do que o das mulheres solteiras e com filhos.
O ensino também é afetado. Segundo o levantamento, entre as mães solo que tiveram o primeiro filho com 15 anos ou menos, apenas 3% contavam com ensino superior completo.
As dificuldades são agravadas pela cultura machista e patriarcal que coloca a responsabilidade de cuidar dos filhos unicamente sobre as mulheres, que precisam de desdobrar para atender às demandas da vida profissional e privada, sem qualquer apoio.